Amor precisa ser cultivado

“Tenho, porém, contra você o fato de que abandonou o seu primeiro amor.”
Apocalipse 2:4 (NAA)

O amor verdadeiro não se perde de um dia para o outro. Ele se apaga aos poucos, quando deixamos de cuidar dele. Assim como uma chama precisa ser alimentada para continuar acesa, o amor precisa ser cultivado com intenção, tempo e entrega.

Quando começamos a caminhar com Cristo, o coração se enche de fervor. Há alegria em orar, prazer em ler a Palavra, desejo de servir. Mas, com o passar dos dias, a rotina, as distrações e os cuidados da vida podem nos fazer esfriar. Sem perceber, entramos em “neutro” espiritual — seguimos as práticas externas, mas o coração já não arde como antes.

Jesus, ao falar à igreja de Éfeso, não os acusou de falta de atividade, mas de falta de amor. Eles trabalhavam, perseveravam, discerniam o erro — mas tinham esquecido a motivação: o amor por Ele. E é exatamente aí que tantos de nós tropeçamos. Podemos continuar “fazendo o certo” e, ainda assim, ter um coração distante do Senhor.

Aplicação: O remédio que Cristo prescreve é simples e profundo: “Lembre-se de onde caiu, arrependa-se e volte a praticar as primeiras obras” (Ap 2:5). Em outras palavras: volte ao ponto onde o amor era vivo. Ore como orava antes. Leia a Palavra com fome de Deus. Sirva com alegria. O amor não renasce de emoção, mas de decisão — e o Espírito Santo reacende aquilo que parecia perdido.

Esse princípio também vale para os relacionamentos da vida — com o cônjuge, com os filhos, com os irmãos na fé. O amor precisa ser demonstrado, alimentado e protegido. O mesmo Deus que nos chama ao arrependimento também nos convida a recomeçar, porque Sua graça restaura corações frios e reacende o amor que o tempo apagou.

“O amor por Cristo se renova quando voltamos à cruz e lembramos de quem Ele é.”